“Está vetada a participação de políticos do Sínodo da Amazônia”, afirmou o Papa Francisco.

O governo brasileiro afirmou que gostaria de participar daassembleia de bispos dedicada a discutir problemas socioambientais.

O Vaticano está se preparando para pôr em prática o “Sínodo da Amazônia”, um evento que irá ocorrer em Roma, daqui aproximadamente um mês, com o intuito de fazer um debate sobre a floresta tropical, e já foi divulgado o veto relativo á participação de políticos que possuem mandato.

Essa medida supostamente teria sido decretada pelo Papa Francisco, que está por trás da organização de uma lista final de convidados especiais para uma discussão a respeito da questão socioambiental. Além disso, entre os convidados pode estar personalidades mundiais, cientistas e ambientalistas.

Entre os nomes que constam na lista está o do brasileiro climatologista Carlos Nobre que estará fazendo parte das primeiras atividades do Sínodo, que acontecerá entre os dias 6 e 27 de outubro.

No último mês, agosto, o líder da Igreja Católica se posicionou em relação às queimadas na região amazônica, pedindo que fosse feita uma ação de forma global para que houvesse combate das queimadas na Amazônia.

Desde esse momento, o governo brasileiro está seguindo as manifestações feitas no Vaticano acerca da questão e até mesmo chegou a demonstrar interesse em possuir voz de caráter representativo no debate.

“Não virão políticos com mandato, nem militares. Não participarão”, informou ao jornal O Estado de São Paulo o cardeal dom Cláudio Hummes, relator-geral do Sínodo, nomeado pelo pontífice.

Tanto o Itamaraty, como as Forças Armadas, já haviam dado a informação de que tinham interesse em ter voz na assembleia mundial de bispos que tem o objetivo de debater o assunto sobre  o problema da preservação da floresta tropical.

Para Jair Bolsonaro, o presidente da República, há “muita influência política” no Sínodo, visto que o pontífice católico fez uma abertura de espaço para os nãos religiosos, os chamados auditores e peritos.

“Essa preocupação é amparada, em escala nacional, na forte oposição da sociedade como um todo ao desmatamento da Amazônia e, em escala regional, na necessidade de ouvir o anseio das comunidades indígenas e de outros povos da floresta que querem preservar os seus valores” afirmou o engenheiro eletrônico formado no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) e doutor em Meteorologia pelo Massachusetts Institute of Technology(MIT).

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